segunda-feira, 2 de junho de 2014

Conflitos étnicos - Quebec

                                             Quebec


Atualmente, o caso mais latente na América é o do Quebec, província canadense com uma cultura francesa. Diferentemente do restante do país que traz as marcas da colonização inglesa. A província de Quebec tentou ser independente, mas continua como parte do Canadá. Para amenizar a situação, o francês foi declarado oficialmente como segunda língua no país.



O Canadá britânico: A nova colônia britânica teria uma população majoritariamente francesa. Com o objetivo de conquistar a confiança e lealdade dos franco-canadenses, os britânicos em 1774 concederam o Estatuto de Québec, que reconhecia a liberdade de culto, o respeito à língua e o restabelecimento do direito civil francês. 
Após a independência dos Estados Unidos, muitos loyalists, ingleses e anglo-americanos fiéis à coroa britânica, emigraram para a região de Ontário, então província de Québec. Eram, na maioria, agricultores que, somados à contínua chegada de imigrantes britânicos, deram origem a problemas que a metrópole só resolveria com a promulgação do Estatuto Constitucional de 1791, que decretou a divisão do Canadá em duas províncias: o Alto Canadá, mais tarde Ontário, povoado majoritariamente por britânicos e sujeito ao sistema legal inglês, e o Baixo Canadá, depois Québec, de maioria francesa e regido pelo direito civil francês. Ambas as províncias teriam suas respectivas assembléias legislativas. Começava assim a segunda etapa da história do Canadá. 
Guerra com os Estados Unidos. Após a independência americana, surgiram os primeiros desentendimentos entre a colônia britânica e a nova nação, como conseqüência do comércio de peles, do desejo dos americanos nacionalistas de libertar a América do domínio do velho continente, e do ressentimento dos loyalists contra os novos adversários. A inexistência de fronteiras claramente demarcadas complicava a situação. Em 1812 desencadeou-se um pequeno conflito que terminou com a fixação, dois anos depois, de fronteiras que asseguravam a separação definitiva entre os dois países. 



Conflitos étnicos - Bascos

BASCOS


conflito basco é um conflito armado entre a Espanha, a França e o Movimento de Libertação Nacional Basco, um grupo social e político de organizações bascas que buscam a independência da Espanha e da França. O movimento é construído em torno da organização armada ETA, considerada por alguns como uma organização terrorista, que desde 1959 lança uma campanha de ataques contra a administração espanhola. O conflito ocorre principalmente em solo espanhol, embora em menor grau também está presente na França, e é o mais longo conflito violento na Europa Ocidental; e tem sido algumas vezes referido como "a mais longa guerra na Europa". 
O conflito tem dimensões políticas e militares. Seus participantes incluem políticos e ativistas políticos de ambos os lados, a esquerda abertzale, o governo espanhol e as forças de segurança da Espanha e França, que lutam contra a ETA e outras organizações pequenas, normalmente envolvidas na Kale borroka. Grupos paramilitares de extrema-direita que lutam contra a ETA também foram ativos na década de 1980.
País Basco, como pode ser chamado, é composto por sete regiões tradicionais: Álava, Biscaia, Guipúscoa e Navarra que compõem o território de Hegoalde na Espanha, e Baixa Navarra, Lapurdi e Sola que compõem o território de Iparralde na região francesa.



O povo basco, cuja língua e cultura têm origem obscura, mantém sua identidade apesar dos séculos de dominação espanhola e francesa. Na atualidade, eles formam uma população de mais de 2 milhões de pessoas, que ocupam a área indicada no mapa acima.

O povo basco teria ocupado a região da Península Ibérica por volta de 2000 a.C. tendo resistido durante séculos a invasões e à dominação por outros reinos, inclusive os romanos. Sua cultura resistiu ao tempo e às conquistas, se tornando, a língua basca, a língua mais antiga falada atualmente na Europa, mesmo tendo surgido como língua escrita apenas no século XVI o que, apenas contribuiu para fortalecer o espírito nacionalista do povo basco.

Os governos espanhol e francês tentaram algumas vezes suprimir a identidade cultural e linguística basca. O ápice desse processo ocorreu na Espanha, durante a ditadura franquista, quando o uso da língua, das cores e dos símbolos nacionais bascos chegaram a ser proibidos.




A principal característica da questão basca é que os bascos lutam para manter sua identidade como povo, sua língua, cultura e modo de vida. Ao invés de serem incorporados e suplantados por outra cultura, como a maioria dos povos que habitaram a Península Ibérica e a Europa. Outro ponto interessante é o apoio que a luta armada do grupo guerrilheiro ETA tem da população basca. 

Na Espanha, a luta dos bascos pela independência começou no século XIX e se intensificou no século XX, quando se formou a organização de maior projeção na luta pela autodeterminação, o ETA (Euzkadi Askatasuna - Pátria Basca e Liberdade).








O ETA é responsabilizado por mais de 1.000 mortes, desde quando começou a usar a violência para tentar a independência do País Basco. Em 1978, com a nova Constituição espanhola, o país conseguiu grande autonomia. Parte do ETA, porém, manteve-se irredutível, continuando a reivindicar a independência total da região. 



Na década de 1990, diversos de seus líderes foram capturados pelas autoridades, o que acabou reduzindo o grupo a cerca de 200 integrantes. Mesmo assim, em 1999, alguns atentados fizeram do grupo uma ameaça à estabilidade naquela região. Em resposta, autoridades da França e da Espanha uniram-se contra os terroristas do ETA. No ano de 2003, o poder judiciário espanhol decretou a ilegalidade do Partido Batasuna.
Em 2004, as novas eleições na Espanha e um grande atentado colocaram o ETA e a Questão Basca mais uma vez em evidência. Após a explosão de vários trens no dia 11 de março, responsabilizou-se o ETA pela autoria dos atentados. No entanto, logo em seguida, documentos comprovaram que as explosões eram de responsabilidade da Al Qaeda. Notando que Aznar utilizou dos atentados buscando promover sua candidatura, a população espanhola deu a vitória ao candidato socialista José Luís Zapatero.
Zapatero, que desde sua campanha se mostrou aberto ao diálogo com os bascos, tenta hoje amenizar a possibilidade de novos atos de terrorismo por meio da revitalização do ETA. Em 2006, o lideres do ETA anunciaram o fim da atuação terrorista do movimento. No início de 2007, o movimento voltou atrás e anunciou o fim do cessar fogo e o rompimento com o governo de Zapatero. Sem uma definição final ou a criação de um Estado Independente, a questão basca assinala um foco de tensão que, vez ou outra chama a atenção dos noticiários internacionais.



Vários acordos de cessar-fogo foram realizados, quase sempre encerrados com atentados terroristas, como a explosão de um carro-bomba do aeroporto de Barajas, que encerrou um cessar-fogo de apenas oito meses. 


Segue abaixo um vídeo explicativo: